Slideshow

História, Mulher so séc. XXI e o Poder

A nova mulher pós-moderna é mãe, esposa, dona de casa, empresária, empreendedora, arrimo de familia, e por que não Presidente da República?[...]

Leia mais!

Crônicas de uma Julieta do séc. XXI

Julieta Augusta era como toda jovem do séc XXI, principalmente no quesito resvoltada sem causa. Aliás não diria que faltasse motivos para revolta já que sua mãe teve a infeliz ideia de lhe presentear com um nome duplo.[...]

Leia mais!

Crônicas de uma Julieta do séc. XXI - 2ª parte

Na teoria as coisas sempre funcionam melhor que na prática e não seria diferente no caso de Julieta e Carlos. Neste ponto é preciso abrir um[...]

Se você gostou,

Leia mais!

Curiosidades da História da Publicidade no Brasil

A década de 80 seria a década da mais rápida e de definitiva transformação econômico-política internacional de que se teve notícia no século. O começo dos anos 80 seria o início do amadurecimento do mercado editorial brasileiro, em termos mercadológicos.[...]

Leia mais!

Rock In Rio 2011: Novidades do Fsetival

O Rock in Rio completou no início deste mês 26 anos desde sua estreia , em 1985. Neste meio tempo, foram muitas histórias e momentos inesquecíveis que transformaram toda uma geração[...]

Leia mais!

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Conservadorismos, manipulação e medo




Sempre que aparece no horizonte uma mínima possibilidade de mudança no status quo e, ainda que essa modificação se apresente como benéfica para grupos de pessoas tradicionalmente preteridas de seus direitos mais básicos, surgem sempre, como contraponto, os argumentos conservadores. Os defensores da não-mudança aparecem, então, dispostos a provar, por meio dos mecanismos retóricos que lhe são peculiares, que as inovações propostas são inúteis, equivocadas ou notoriamente danosas à sociedade.
Parece-me tarefa das mais difíceis definir, em linhas precisas e universais, o que vem a ser o pensamento conservador ou quais, exatamente, seriam suas premissas. Se, no entanto, eu tivesse que me arriscar a esboçar um aspecto constituinte desse tipo de mentalidade, diria que o conservadorismo tende a mesclar um permanente mal estar com a situação presente com um receio gigantesco de qualquer mudança com algum traço de ineditismo. Por isso, creio, o pensamento conservador ora aponta para o imobilismo, para a permanência das coisas em seu atual estado, ora para o regresso, com a adoção de fórmulas conhecidas que, alterando a situação política e social atual, pretendem apenas recuperar ou reavivar no presente, um modelo ou referência pretérita.
Os conservadores, penso, são pessoas essencialmente desencantadas com a humanidade e descrentes, em maior ou menor medida, do protagonismo histórico da espécie humana nas transformações culturais ou sociais. Esse desencanto os leva a crer que toda e qualquer mudança pensada por e para as pessoas são farsas premeditadas para servir aos apetites egoístas de uns poucos ou, quando muito, tendem sempre a se desnaturar, gerando uma nova situação sempre pior do que anterior. Talvez devido a essa descrença, a esse melancólico desencanto, são os conservadores presas fáceis da atemporalidade e da segurança dos dogmas religiosos e de teorias econômicas, históricas e sociológicas que, despindo a humanidade de qualquer autonomia sobre o seu destino e suas vontades, elegem, como força motriz, das mudanças alguns entes abstratos como, por exemplo, uma divindade ou a “mão invisível” do mercado.
Muitas vezes, a crítica conservadora, quando bem embasada, pode ajudar a prevenir a sociedade dos possíveis danos oriundos de mudanças que, por serem ou parecerem urgentes, acabaram sendo elaboradas sem que se sopesassem os possíveis danos colaterais de sua implementação. Na verdade, o conservadorismo aguçado, elaborado e crítico funciona como um contrapeso que, se não é sempre bem visto por aqueles para quem as mudanças urgem, ajudam, pelo menos, a enriquecer e lapidar propostas que podem alterar beneficamente a sociedade. O medo dos conservadores, em sua verve detalhista e dialógica, pode sim, por tudo isso, contribuir bastante para a solidificação e esclarecimento de mudanças necessárias. Nesse sentido, dar ouvidos a certas posições conservadoras é parte do diálogo democrático e não se está a dizer, em nenhum momento, que opiniões de espectro conservador devam ser sempre descartadas.
Há, porém, uma gama de situações e de contextos sociais, jurídicos e culturais em que os conservadorismos, muitas vezes de forma irrefletida, atuam como álibis para omissões estatais criminosas ou como endosso para situações de fato notoriamente injustas. Diante de questões muitas vezes discutidas a exaustão e que pedem mudanças urgentes na cultura, nas leis e nas práticas sociais, certos conservadorismos, usando de catastrofismos, teorias conspiratórias e falácias consequencialistas absurdas, acabam agindo como avalistas para a perpetuação de violências, injustiças e indignidades. São momentos em que os aspectos mais saudáveis do medo ou a desconfiança relativa ao novo, dão lugar à sua face irracional, patológica e nociva, beirando o delírio, a negação da realidade e dando vazão a uma discussão que, extrapolando o âmbito da racionalidade política, resvala para a guerra mais suja  contra os direitos alheios.
Embora possa parecer que eu estou exagerando, pode-se perceber, na contramão das discussões mais atuais, das estatísticas e mesmo da realidade sensível, um afã negacionista, de cores nitidamente conservadoras (que têm por intuito impedir mudanças em diferentes campos) sobre situações gravíssimas e que merecem pronto remédio legislativo, político e pedagógico.
Nega-se a existência de racismo no Brasil para impedir a implementação das políticas de cotas; nega-se que nossa cultura tradicionalmente machista acabou relegando às mulheres a um status de inferioridade cultural e de sujeição à violência alarmante; nega-se a existência de preconceito contra os homossexuais brasileiros muitas vezes na mesma frase em que se prescreve a eles ou elas limites para suas condutas e afetos para impedir a criminalização da discriminação por orientação sexual; nega-se o componente social da violência e da criminalidade ao mesmo tempo em que se clama por penas mais duras, mais penitenciárias e um estado mais policialesco. Nega-se a tudo, desenfreadamente, apenas para que as coisas permaneçam como estão, para que as mudanças, por mais necessárias e urgentes que sejam, simplesmente não venham.
Ao lado das negações, criam-se também teorias, invertem-se os pólos, transformam-se as minorias de direitos em algozes da liberdade.  Acusam as feministas de odiarem e de desejarem escravizar os homens; os negros de quererem para si privilégios e não direitos; os homossexuais de integrarem uma misteriosa maçonaria com o intuito de ceifar a religião; as minorias, de forma geral de tolherem a liberdade de expressão de comediantes que regurgitam preconceitos abjetos.
Em todas essas atitudes, percebe-se que o medo irracional do novo fala mais alto do que a disposição ao diálogo, ao entendimento dos anseios e necessidades do outro que é visto, aqui, como uma ameaça. Nem sempre o medo, aqui, deve ser entendido como um sentimento ingênuo, porém. Muitos desses argumentos, repetidos muitas vezes por pessoas que genuinamente temem as mudanças, são formulados por pessoas que têm interesses mais escusos e personalistas na conservação do atual estado de coisas.
Devemos nos lembrar que o medo é um campo fértil para a manipulação, sendo fartos na história mundial os exemplos em que o direcionamento dos receios da população foram direcionados contra um “inimigo” inventado por uma retórica catastrófica com o prosaico intuito de angariar ou manter nas mãos de alguns poucos, poderio político e econômico. É  a forma como operam as ditaduras, as potências imperialistas, os líderes carismáticos e, certamente, é algo a se ter em mente quando alguém lhe apresenta, como argumento para a manutenção de um certo status quo, uma desculpa fácil ou um inimigo demasiadamente ardiloso que empreende mudanças com o escopo único de lhe prejudicar.
Dito isso, é necessário que se faça aos conservadores um apelo importante: nunca deixem que o seu medo, por vezes justificado, de mudanças, sirva como obstáculo a um diálogo aberto ou, o que é pior, como um fator de desumanização daqueles que clamam pelo novo.
** Pedro Munhoz (@pedromunhoz5) advogado e historiador. 
Fonte:http:www.bhaz.com.br

By JORNALISMO ANTENADO with No comments

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Ser promoter não é ser relações-públicas. Ou é?


Desde que assumi a presidência do Conrerp no Rio de Janeiro, tenho recebido várias denúncias em cartas protocoladas e e-mails de todo o Brasil. As acusações são para o Conselho agir contra profissionais de outras áreas que se intitulam “promoters” e que a imprensa insiste em chamar de relações-públicas. São mensagens indignadas, mas que merecem uma pesquisa e uma resposta, porque vêm de bacharéis em Relações Públicas, registrados no Sistema Conferp/Conrerps regionais, que cumprem suas obrigações e seguem um código de ética que tem força de lei. 
O Rio de Janeiro é pioneiro na formação destes profissionais, que se multiplicaram por todo o país, conhecidos por cultivar listas e agendas de famosos. Eles são chamados pelas organizações e empresas para rechear de presenças notáveis suas festas, shows, salas Vips, HCs e camarotes. Essa ação faz com que jornalistas e fotógrafos, na sua cobertura, chamem a atenção para esse ou aquele evento que se queira estar nas colunas sociais, na mídia das celebridades, nos famosos “quem é quem” da sociedade e das corporações públicas e privadas. Este comparecimento ilustre e sua cobertura pela mídia acabam por tornar o evento um grande sucesso e a repetição no ano seguinte é dada como certa. Repetiu mais de duas vezes, o evento entra para o calendário social e se torna, inclusive, fonte de renda para muitas pessoas que trabalham no seu entorno. Um exemplo disso é a multiplicação dos Bailes de Carnaval que estão se tornando mais uma fonte de renda e atração para o turismo durante o reinado do Momo.
Esta “lista”, construída a duras penas e plumas, é o verdadeiro capital destes profissionais que usam seu network e sua influência para coroar os eventos das cidades. Quando de grandes eventos, muitas vezes, o promoter, responsável pelas presenças desse ou daquele camarote, esconde-se dos inoportunos que já foram ou querem ser futuras celebridades para conseguir “postar” seus nomes nestas “listas” e conseguir um convite.  Seu perfil é normalmente confundido com um relações-públicas porque são pessoas que cultivam seu DNA de conciliador, agregador das diversidades e gestor de relacionamentos. Aquele que sabe e consegue reunir em um mesmo local, em clima de festa ou confraternização, pessoas das mais diversas áreas, procedências, tribos e galeras. Promoters podem ser relações-públicas, advogados, publicitários, jornalistas por profissão ou simplesmente promoters. Dizem que sua origem está nas pessoas nascidas em famílias influentes porque representavam sua tradição na sociedade ou no setor produtivo e que começaram a promover festas beneficentes. A promoção também se estendeu para a produção do evento, em alguns casos.
Normalmente, quando recebemos esse tipo de denúncia que se chama “apropriação imerecida da profissão de RP”, enquanto Conselho Profissional, nós somos obrigados por lei a investigar a situação. Vamos aos clippings da mídia, aos sites ou blogs dos profissionais, às correspondências trocadas entre promoter e contratantes e muitas vezes diretamente aos promoters para verificar se a terminologia RP está sendo utilizada indevidamente. Se sim, procuramos informar e esclarecer as partes para que se adequem à legislação. É uma oportunidade para o profissional e para o Conselho. Se não está registrado porque não é bacharel em Relações Públicas, pode, mesmo assim recorrer a Resolução Normativa no. 11 de 1987, do Sistema Conrerp, criada pela saudosa profissional Vera Giangrande, cujo objetivo é o de regularizar parcialmente este tipo de pendência. Essa resolução disciplina o registro de Pessoas Jurídicas que exploram atividades de relações públicas em assessorias, consultorias e agências ou empresas de comunicação ou promoção social.  A concessão de Registro de Pessoa Jurídica - RPJ se dá mediante a aprovação em reuniões plenárias quinzenais dos conselheiros do Conrerp regional durante a  análise da apresentação do processo de solicitação de ingresso, bem como o contrato de trabalho de pelo menos um profissional registrado no Conrerp, como responsável técnico pelas atividades de Relações Públicas desenvolvidas naquela empresa.
Se não se adequar e não se interessar em cumprir a lei e respeitar a profissão, nada mais resta ao Conrerp do que seguir seu regimento e multar o profissional que está se utilizando de um chapéu que não lhe compete. Este é o retorno que um Conselho Profissional deve dar ao seu corpo de registrados. Mas estamos cada vez evoluindo mais para buscar um ponto comum e afim onde todos poderão usufruir do pertencimento a um Conselho Profissional que lhe dará a segurança de um código de ética legal para seguir.  E aos contratantes e à Sociedade a mesma tranquilidade para contratar. 

Texto de Lala Aranha- Relações-públicas pela FAMECOS/PUC-RS, é consultora da Teia de Aranha Comunicação.

Fonte: http://www.aberje.com.br/ 



By JORNALISMO ANTENADO with No comments

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Mais do que Blá blá blá


Já me perguntei algumas vezes se não valeria a pena cancelar algumas assinaturas do meu leitor de feeds (RSS), pois jamais consigo vencer a tarefa de acompanhar todas as atualizações dos blogs e sites que acompanho. Via de regra, chego à mesma conclusão. Não tenho que ler todos.   Não preciso ter visto cada fotografia do clube de fotógrafos amadores. Mal preciso saber de cada infográfico recentemente postado.
E entre pensamentos como este, cheguei a uma imagem que pode definir muito bem o que é a gana por leituras infindáveis.
Abaixo está um resumo de muito do que se encontra quando se lê apenas o que chega até nós, sem uma curadoria qualificada.

Blah Blah Blah Book, por Gogelmogel
A imagem das páginas desse livro exemplificam o consumo de textos e imagens apenas pela inércia. Pelo hábito de ler tudo, chegamos a um estágio de obesidade de dados que consome nosso tempo e ocupa um espaço precioso de nossa atenção. 
Costumo ouvir atentamente os depoimentos espontâneos de alguns amigos sobre seus relacionamentos com as redes sociais. Conferem a timeline a cada 3 minutos. Checam o celular para ter certeza de que não perdeu nada. Zapeiam entre as fotos compartilhadas e vídeos mais vistos. Tudo isso pode fazer parte de uma tarefa infindável e que, horas e horas depois, tende a render apenas algumas boas risadas, mas pouco subsídio para o crescimento intelectual e cultural. 
É possível considerar o fortalecimento das amizades e dos relacionamentos através das trocas de comentários entre álbuns fotográficos e postagens, mas a grande maioria dos relacionamentos precisa do paralelo material, físico para que haja o estreitamento dos laços e para que esta conquista perdure por meses e anos além.
Mas a força das redes sociais é também uma de suas características mais sensíveis. O compartilhamento impulsivo de dados e o acompanhamento frequente podem converter a rede de pessoas em sua grande antecessora rede de dados. Quando navegamos por atualizações e não por conversas entre nossos contatos e amigos, estamos apenas deslizando sobre formas variadas de apelos. 
Humor, sátira, brincadeiras, times de futebol, pratos de comida em um restaurante elegante, alguns felinos fofos e bonitos. Tudo é motivo para compartilhar. 
Mas se isso parece apenas uma questão particular, ou algo que no âmbito profissional devesse preocupar apenas gestores ou profissionais de recursos humanos, avalie o cenário do ponto de vista da comunicação empresarial, por exemplo.
Como despertar interesse em diversos públicos sem cair, por um lado, na comunicação esvaziada, ou blá blá blá, e por outro lado, sem apelar para estereótipos e preconceitos restritivos?
Se a palavra preconceito lhe causou algum espanto, confira o artigo da próxima quinzena e aproveite para expressar sua opinião, muito importante em espaços como este. Mas voltando ao grande ponto, o desafio para a comunicação empresarial está cada dia mais evidente devido à agilidade das emissões, da potencialidade de abrangência e da integração de públicos e mercados. 
Entre as maiores críticas às redes sociais encontramos um certo ranço contra a falta de seriedade, mas convenhamos, quando estamos entre nossas pessoas mais queridas, a última coisa que somos é formais. Isso significa que o humor é parte importante de nossas vidas. Para ser mais preciso, o incômodo com as redes sociais não é pelo humor em si, mas pela carência de ação, pela afasia. 
Ter conhecimento dos problemas sociais, dos conflitos e mobilizações não quer dizer que você já faz parte de sua solução. Já é muito comum encontrar imagens e piadas nas redes sociais que indiquem algo como “precisamos de 1 milhão de likes a empresa X doará milhões para a causa Z”.  Mas se temos informações sobre coisas que gostaríamos de mudar, basta um clique? Pior, basta estarmos informados que isso tudo muda?
Vale pensar muito sobre isso e, por fim, agir. Ir além do clique, das leituras de blogs e dos tuítes. Isso não significa que compartilhar as informações não tenha seu valor, mas sim um resgate de que a comunicação é, em si, uma ação, mas jamais está isolada em seu ato.


Texto: Mauricio Felício - Sócio-Presidente da Felício Comunicação, atua em consultoria, gestão etreinamento em comunicação empresarial e Digital Business Intelligence. Formado em Relações Públicas pela USP, atualmente é professor conferencista da ECA-USP e cursa MBA em Gestão de Comunicação e Marketing (USP/Florida University).

Fonte: http://www.aberje.com.br


By JORNALISMO ANTENADO with No comments

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

'O Lobo do Centeio' resgata lenda tradicional do lobisomem


"O Lobo Centeio", de Janaina Tokitaka, resgata a lenda tradicional do lobisomem usando como base a fera de Gévaudan -narrativa folclórica que conta como uma fera mitológica teria aterrorizado uma aldeia francesa de 1764 a 1767 - e o dito popular que associa o grão de centeio ao surgimento do demônio sorrateiro.
Além dos elementos conhecidos como a cheia da Lua e o sexo masculino, a graphic novel explora o medo da natureza e do desconhecido. As cores remetem o leitor a um momento do passado, como histórias sobrenaturais contadas pelos avós, e diminuem a intensidade da violência.
Tokitaka ilustrou "Stardust: O Mistério da Estrela", de Neil Gaiman, e, também como escritora,"De Noite, na Cidade""Coelhos Lunares""A Sétima Noite de Verão""Tem um Monstro no Meu Jardim", entre outros.
Abaixo, veja as primeiras páginas da edição.
*
Divulgação
Imagens da graphic novel "O Lobo Centeio" (Escrita Fina, 2012)

Fonte: Folha Uol



By JORNALISMO ANTENADO with No comments

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

8 DICAS DE COMO LIDAR COM NOTÍCIAS FALSAS E NEGATIVAS


Conseguir uma adequada gestão de crises é tarefa das mais árduas para as Assessorias de Imprensa e Departamentos de Comunicação.

Agora, imagine se você for responsável por um país inteiro. E se esse país for os Estados Unidos?

Pois é, Marguerite Hoxie Sullivan, além de sua robusta carreira na imprensa norte-americana, ocupou vários cargos no governo americano, inclusive no Departamento de Estado dos EUA, no Fundo Nacional para Ciências Humanas e na Casa Branca. Participou do secretariado de um governador de estado. Foi diretora executiva da Comissão Nacional da Unesco nos EUA e vice-presidente de Comunicações e Assuntos Externos de uma ONG que trabalha com questões de democracia.
Marguerite Sullivan passou a participar de publicações, e realizar palestras compartilhando experiências em como lidar com a imprensa e fazer a gestão de crises.
Veja as 8 dicas sobre como lidar com notícias falsas e negativas, extraídas de uma de suas publicações, "A Responsible Press Office in The Digital Age".

Às vezes pode parecer que a mídia dá informações falsas de propósito, mas na maioria das vezes as imprecisões das reportagens se dão por erro. Se suas declarações forem distorcidas em uma matéria ou se uma informação dada estiver errada, tome providências imediatamente

1- Corrija!

Corrija a informação errada pela mídia digital ou entre em contato com o repórter ou redator.

2- Não faça ameaças 

Ameaçar o veículo ou jornalista não vai resolver a informação errada.  Lembre-se do velho ditado dos jornais: “Nunca compre briga com alguém que compra tinta a granel.” Isto é, não compre briga com a mídia. Corrija informações imprecisas sem culpar ninguém

3- Entregue dados e fatos

Tenha fatos para fornecer e considere que tudo o que disser para corrigir o erro será on the record. Somente se não conseguir nada com o jornalista, procure o editor.

4- Pense estrategicamente


estratégia comunicaçãoVocê pode pedir retratação ou correção de um erro, e muitas autoridades fazem isso. Mas outros acham que trazer a questão à tona somente mantém a informação errada no noticiário. 
Na mídia on-line, notícias incorretas podem ser acessadas eternamente. Por isso é muito importante que essas mídias sejam monitoradas, uma ferramenta de clipagem é uma solução. Solicitar uma correção pode ser o caminho a seguir. 
“O que faço depende da gravidade do erro”, disse um diretor de Comunicação de um órgão federal dos EUA.  Ele não fez nada quando a manchete saiu completamente errada, mas a matéria em si estava correta em sua essência. “Deixamos passar”, disse. 

5-  E no mundo digital?

A mesma estratégia vale se o erro for em uma plataforma de mídia social, como um blog.
“Em geral refutações ou correções só são feitas se o artigo e/ou o blogueiro for famoso o suficiente para ser percebido e podem gerar mais cobertura”, disse uma autoridade do Departamento de Defesa dos EUA. “Podem assumir a forma de um e-mail imediato ou da tradicional ligação telefônica do secretário de imprensa ou outro porta-voz sênior para a imprensa. No entanto, é aí onde o Twitter e outras mídias sociais podem ser mais eficazes.” 
Imprensa no mundo digitalAs mídias sociais permitem que a informação correta seja divulgada instantaneamente e depois atualizada conforme necessário. Com as mídias sociais, é possível fazer uma correção ou explicação sem se opor diretamente ao meio de comunicação ou ao jornalista, evitando assim prejudicar a relação de trabalho
Foi o que aconteceu em uma agência governamental dos EUA, quando a equipe de comunicação percebeu que a matéria de um influente jornal havia interpretado completamente errado o que o chefe da agência havia dito. “Meu chefe não queria confrontar o jornalista”, disse o diretor de Relações Públicas. Ao invés disso, o diretor de agência escreveu um artigo para um blog sobre o assunto, esclarecendo a situação sem mencionar o jornal, o artigo nem o jornalista. O jornal prosseguiu com uma matéria subsequente que expressou de maneira correta a opinião da autoridade conforme constava no blog. “Quando se percebe que é necessário corrigir uma informação errada, as mídias digitais e sociais oferecem um bom meio para nos expressarmos com nossas próprias palavras”, acrescentou o diretor de Relações Públicas.

6- Mídias Sociais x Mídias Tradicionais

Um erro nas mídias sociais não precisa ser tratado de modo diferente de um erro em jornal ou na mídia eletrônica.
“Lidamos com os erros de blogueiros da mesma maneira como lidaríamos com os erros da mídia tradicional: ignoramos as coisas pequenas e respondemos as coisas importantes, corrigindo as informações erradas com vigor e rapidez quando a questão é importante”, disse um comunicador do governo norte-americano.

7- Agilidade

A agilidade é crucial, e os prazos são cada vez menores.
As respostas e informações precisam ser fornecidas rapidamente. “Não se pode esperar até o fim do dia”, disse uma autoridade do Departamento de Defesa dos EUA, comparando com o ritmo mais lento de antigamente para corrigir um erro na mídia tradicional. A menos que você atualize ou corrija a informação rapidamente, “o estrago já pode ter sido feito por estar circulando on-line há algum tempo”, acrescentou. É por isso que agir rapidamente na mídia social e móvel para esclarecer ou corrigir informações erradas é tão importante e tão fácil. 
Enviar uma nota, imediatamente, à imprensa especializada pode ser uma solução. É importante que essa informação chegue à pessoa certa para que seja considerada, tenha um mailing jornalístico sempre atualizado.

8- Mude de assunto

Às vezes, uma maneira de lidar com informações falsas é mudar de assunto.
Certa vez um blogueiro enviou um e-mail para formadores de opinião em um país da ex-união Soviética afirmando que uma das principais líderes da oposição havia sido assassinada, o falso boato disseminou-se rapidamente pela blogosfera.
A líder oposicionista e sua secretária de imprensa consideraram três opções:
  • Confrontar a informação falsa dizendo “a líder da oposição está viva” - o que poderia dar credibilidade à informação falsa;
  • Não fazer nada - o que poderia fazer o boato se espalhar ainda mais rápido;
  • Ou convidar uma equipe de televisão para gravar com a líder oposicionista sem tocar no boato absurdo, de modo que o público pudesse ver que ela estava viva. 
Nesse caso, mudar o foco para outro assunto foi a melhor medida.

Resumindo:

Quando se sabe que uma matéria falsa ou distorcida vai ser publicada ou transmitida, pode ser preciso ir a público com a versão oficial da história antes dos críticos. Quando uma opinião pública se forma sobre determinado assunto, pode ser difícil mudá-la. 
“As mídias sociais também permitem que você combata rapidamente informações falsas de adversários”, disse Doug Wilson, secretário adjunto de Defesa para Relações Públicas do governo Obama, ao The Washington Post. “A natureza instantânea e abrangente das mídias sociais são seus pontos fortes, e você se beneficia desses pontos fortes em situações nas quais sabe que os destinatários estão equipados de maneira similar.”

Fonte: comunique-se.com.br  

By JORNALISMO ANTENADO with No comments

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Guia básico para medir resultados de estratégias em mídias sociais

Acabei de ler este texto antigo do Blog Mídia 8 e achei muito interessante repassar (preservado logicamente os devidos créditos) para que aqueles que não tenham tido a oportunidade de lê-lo, ter acesso. Espero que também gostem. 



Medir resultados da sua estratégia de social media não é uma tarefa fácil e muitas vezes nem mesmo compreendida. Cerca de 50% das empresas não sabem o valor de estarem no LinkedIn, por exemplo. O mesmo número de empresas não sabe o real valor de impacto dos blogs sobre as métricas de negócios e 53% não conseguem analisar o ROI no Twitter. São muitas variáveis e contextos, mas uma coisa é certa: elaborar uma estratégia de mídia social para empresas requer muito empenho e dedicação.
Mais importante do que recolher os dados, é saber o que recolher, como recolher e o que fazer com eles. Dados por si só não servem para nada. É preciso extrair algo deles, dando certa utilidade e, com isso, realizando uma medição de todo seu empenho. Abaixo confira 4 passos que formam um guia básico, adaptado pelo blog, para medir os resultados da sua estratégia de mídias sociais:

Passo 1: estipule os objetivos

Sua empresa precisa definir e ter bem delimitado quais são os indicadores-chave de desempenho (key performance indicators, ou KPIs) para as redes sociais. Os objetivos precisam ser mensuráveis e as métricas precisam estar em sintonia com a linha de negócios que a empresa possui. Não há como caminha para um lado contrário ao do pensamento empresarial. Exemplos de indicadores-chave de desempenho para o Twitter são:
  • Número de fãs por cidade, segmento, sexo ou região demográfica;
  • Porcentagem de comentários negativos e positivos sobre um determinado produto ou marca;
  • Atendimento ao cliente e os custos que as mídias sociais reduziram nesse serviço;
  • Feedback sobre ideias e sugestões de melhores ou reclamações.

Passo 2: medindo os resultados com Google Analytics

Sua empresa precisa ter em mente que nada é tão fácil ou tão difícil de ser analisado. Se for um dos dois, algo já está errado antes mesmo de ser verificado. O segundo passo se resume a medir os resultados colhidos durante a campanha e alguns pontos devem ser observados:
  • Crie filtros para as campanhas nas redes sociais. Verifique quais ações estão partindo de quais mídias sociais;
  • Crie landing pages para as mídias sociais: ofereça conteúdo atraente para uma mensagem mais clara, variando conforme sua campanha e a mídia a ser usada. Algum lugar deverá ser a página de destino contento suas informações. Ofereça vários caminhos e um ponto comum;
  • Acompanhe as interações com as mídias sociais no site: se os usuários não estão interagindo com o conteúdo de seu site, algo precisa ser rapidamente mudado.
Outras ferramentas gratuitas são:
Exemplos de ferramentas pagas:

Passo 3: interpretação dos dados

Você deve ter atenção aos dados das diferentes redes sociais. A análise do Facebook se diferencia da análise do Twitter, por exemplo. No caso da rede social de microblogs, 3 fatores são os essenciais,como perfis, atividade e engajamento. Já na rede de Mark Zuckerbeg, pode-se verificar dados qualitativos, quantitativos e atividade.
No Twitter, analise:
  • Perfis: veja o sobe e desce no número de seguidores, quantas tweets são relacionados à sua empresa e a média diária de publicações;
  • Atividade: nesse quadro entram o número de clicks, RTs, o tipo de conteúdo publicado e qual a estrutura de tweet que tem recebido o melhor CTR;
  • Engajamento: menções à uma palavra-chave, conteúdo das palavras-chave e análise de sentimento.
No Facebook, analise:
  • Dados quantitativos: número de likes, número de páginas visualizadas e referências externas.
  •  Dados qualitativos: usuários, idioma, localização e tipo do feedback.
  •  Atividade: mensagens visualizadas, interações, comentários, horários das interações e número de links públicos.

Passo 4: confira sua estratégia

Será que você está cumprindo suas metas estipuladas lá no primeiro passo? Se a resposta é positiva, parabéns! Não se esqueça de medir e agir com os resultados colhidos e analisados, sempre ficar atento para captar possíveis melhorias e sempre procure obter resultados ainda melhores. Porém, caso a resposta seja negativa, mude, logo! Identifique as métricas que estão obtendo os piores resultados. Abaixo segue algumas dicas para sua empresa improvisar:
  • Publique outros conteúdos ou em formatos diferentes;
  • Publique mais ou menos, dependendo do seu caso;
  • Estude seu público-alvo e seu comportamento e veja o que pode ser oferecido a eles. O que você gostaria que fosse oferecido a você? Pense também como o usuário;
  • Você responde aos comentários de seus usuários? Quantas vezes? Quando você responde? Verifique a sua interação com eles;
  • Quem são seus usuários? O que eles não estão fazendo? O foco sempre é o cliente;
  • Metas surreais? Talvez seus objetivos necessitem ser mais tangíveis.
Há muitas razões para você monitorar sua empresa nas redes sociais. O importante é você ter sempre em mente como trabalhar e montar um relatório com os dados obtidos, lembrando sempre que existem as oportunidades e os riscos de se realizar essas análises. Na dúvida de como começar o monitoramento, é só conferir diversas dicas espalhadas por aí. Mídia social também é uma arte. Se não souber interpretá-la, de nada adianta todo o esforço do artesão.
Não deixe de conferir:
Com informações traduzidas e adaptadas do The Wall.
Fonte e crédito : Blog Midia 8 em 2 de setembro de 2011 (http://blogmidia8.com/2011/09/guia-basico-para-medir-os-resultados-da.html ) Texto na íntegra .

By JORNALISMO ANTENADO with No comments

    • Popular
    • Categorias
    • Arquivos