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sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Crônicas de uma Julieta do Séc XXI - Segunda Parte

Na teoria as coisas sempre funcionam melhor que na prática e não seria diferente no caso de Julieta e Carlos. Neste ponto é preciso abrir um parênteses para que todos entendam o porquê da resistência da familia da moça. Acontece que sendo ela filha única de um casal já idoso e de tradicional familia no interior mineiro, era muito cobrada em seguir a profissão do pai, renomado médico local. O senhor José queria  que sua filha cursasse medicina na capital mineira e depois retornasse à cidade para assumir o cargo que ele mantinha já a 25 anos.


 Porém por mais que saibamos que as familias sempre desejam a nossa felicidade a jovem Julieta, ao contrário do que seus pais queriam, sempre sonhou cursar Letras e assim pesquisar o que levou Shakespeare a escrever a tragédia veronense que envolve seu nome. Seu pai porém discursava dizendo que ser professora no Brasil não vale a pena, se é desvalorizado(no que realmente ele esta certo em dizer infelizmente). 


Carlos porém incentivava a amada em seu sonho lhe presenteando com livros sobre literatura estrangeira sempre que sobrava um pouco de seu salário. O rapaz trabalhava de escriturário em um grupo de advogados associados sonhando um dia poder ainda seguir esta profissão. Filho de mãe professora primária e pai operário precisou desde os 16 anos ajudar com as despesas da casa e de seus 3 irmãos menores. O rapaz ao contrário do que pensava seu “sogro” queria sim melhorar de vida e um dia ainda esperava poder retomar seus estudos.

Em meio a esses conflitos pessoais o casal Carlos e Julieta continuava seu namoro à distância agora a cada dia mais discutindo sobre como fariam para tirar a moça da cidade sem que sua familia descobrisse. Julieta pretendia contar com a ajuda de uma grande amiga, Ana Carolina que entendia o amor que ela carregava no peito já que também estava apaixonada. Ana era menina faceira sendo considerada precoce pelas carolas da cidade mais era boa moça só tinha os pensamentos mais avançados que a maioria dos moradores locais já que morou alguns anos no Rio de Janeiro no início da adolescência. Julieta e sua amiga agora compartilhavam do segredo de seu plano de fuga.

Faltando alguns dias para um feriado prolongado que daria a chance de Carlos visitar sua amada, a troca de e-mails e telefonemas se intensificou já que precisavam organizar tudo nos mínimos detalhes. Durante a semana Julieta levava discretamente algumas peças de roupa e uso pessoal para a  casa de Ana que lhe emprestaria uma mala para a fuga. Mesmo não podendo levar todos os seus pertences a moça não gostaria de se separar de várias de suas roupas, maquiagens e sapatos. O maior entrave que estava acontecendo era o dinheiro, como não trabalhava e recebia apenas mesada do pai, a moça estava preocupada em como fazer para comprar sua passagem para a capital carioca. O coraçãozinho de Julieta estava ao mesmo tempo exultante com a perspectiva de enfim viver plenamente seu amor e triste por decepcionar seus pais, principalmente o senhor José que a considerava ainda sua eterna menininha, sua filha tão esperada em que depositava tantos de seus sonhos de mocidade.
   

Enfim chega o dia que Carlos chega na cidade , agora era ver se tudo que planejaram daria certo.

Márcia Canêdo 

By JORNALISMO ANTENADO with 13 comments

13 comentários:

Cara a cara? hummm, quero só ver o que isto o que vai dar....

O Destino derruba nossas previsões e planos justamente para que aprendamos a resolver as coisas no ato, na hora, de improviso, e não agir como preguiçosos, que "resolvem" tudo por antecipação e depois esperam que tudo caminhe por si só...

O Amor também é improviso. O Coração também tem jogo de cintura...aliás, o único que a tem, de verdade, pois a Razão é quadrada, totalmente!

Siga em frente nas letras! Bjs!

Gatíssima Márcia, belo post, maravilho blog. Não tem como deixar de te visitar. Bjs gatinha.

Márcia, este Romeu não deu tanto as caras ainda... será que dá certo, vale tanto a pena?
Tchan tchan tchan... veremos no próximo capítulo....
Bom fim de semana!

Olá Márcia! Parabéns pela crônica! Estou acompanhando e adorando. Não vejo a hora de ler a próxima parte!!!

Beijos
Dani
www.delineadordeideias.blogspot.com

Márcia

Está bem interessante que as bobagens do plim...plim.
Aguardemos o próximo capítulo.
Beijão
Felipe

Marcia, eu disse que seria sincero, esta realmente maravilhoso, ja estou louco pra ler o proximo capitulo... eu sei do seu potencial para a escrita, e você sabe que eu sou um incentivador seu, para que continue escrevendo, assim você vai poder desenvolver esse dom que eu sei que você tem. E quando ao conto, pelo que estou entendendo e ja de antemão, vou dizer que acho que o final dessa historia nao deve fugir do desfecho original. Pode ser que eu esteja enganado, até porque você surpreende sempre, mas... vejamos. Um super beijo pra essa mulher maravilhosa que você é. Do seu grande amigo, companheiro de todos os dias, admirador e apaixonado Kleber J G Martins

Olá Márcia!
Estou torcendo pelo amor romântico...mas, sei não, esta de fugir sem um mínimo de condições. Ela iria precisar se acostumar sem a mesada! hehehe e o pobre do rapaz, será que daria conta de cuidar de tudo ? ainda lhe sobraria um dinheirinho para os presentinhos para a amada? ôh coisa chata esta história de realidade!!
Beijos..rs....
Vera.

Demorei, mas voltei.
Essa história tá me parecendo que acabará em desgraça. (tudo bem, sei que é baseado na história "real", mas enfim...).

Vou esperar a próxima parte!
Beijos

ola ja estou te seguindo
muito bom o seu blog
vou compartilhar eles com os meus amigos
se poder segue o meu tamben
http://cleberbinhocomportamentos.blogspot.com/

Marcia gostei muito da crônica, vou aguardar o desfecho.
Beijo.

Muito bom.... mas estou com pena do Sr. José e da mãe dela!
Tomara que dê tudo certo!
Beijusssssss

muito legal mesmo tem algumas passagens interessantes estou gostando.

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