Nessa segunda-feira (17) foi preso pela polícia cívil um dos maiores especialistas em fertilização do Brasil,Roger Abdelmassih, sob suspeita de estupro e atentado violento ao pudor. Após ser preso por volta de 15h30 em sua clínica, na Zona sul de São Paulo, o médico foi levado até a 1ª Delegacia Seccional, no centro, para prestar depoimento. A prisão decretada pelo juiz Bruno Paes Stranforini, que instaurou o processo criminal irá analisar as acusações contra Abdelmassih. O médico foi indiciado em junho pela Policia Civil, porém as acusações vem sendo apuradas desde início de 2008, quando ex-pacientes procuraram o Ministério Público alegando terem sido abusadas sexualmente durante as consultas. Os relatos das pacientes foram todos parecidos no que diz respeito à forma de abordagem no consultório do médico. Os supostos ataques ocorreram quando as pacientes estavam ainda voltando da sedação e outras antes mesmo de serem sedadas.
O Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp) abriu 51 processos ético-profissionais contra o médico.Os processos, estão relacionados às vítimas que fizeram a denúncia junto ao Cremesp. As pacientes possuem idades entre 30 a 45 anos e são de vários estados do país e a denúncia mais antiga foi feita em 1994 e as outras em 2005 ,2006 e 2007.
Informações fornecidas pelo site G1- http://www.globo.com.br/
Os crimes de abuso sexual e estupro, já são por sí só um grande absurdo, quando ele é cometido por nada menos que um médico de renome a qual inúmeras de mulheres confiaram como profissional, se torna no mínimo bizzarro. Todos os anos através das universidades federais e faculdades particulares são colocados no mercado de trabalho centenas de médicos recém formados, que juram em suas formaturas fazer o bem e ajudar na cura de doenças. Saber que no futuro podemos ser vítimas de médicos que se desviam dessa promessa, como esse especialista em fertilização fez, é preocupante.
A sociedade se acostumou a condenar os estupradores, mas custa a acreditar quando essa acusação é feita a um médico, isso acontece porque em nossa cultura, o profissional da saúde seria alguém acima de qualquer suspeita. Que casos como este alertem a população a julgar menos pelo sobrenome e paredes cheias de diplomas e mais pelas ações das pessoas em que confiamos nossa vida.
No Brasil, segundo pesquisas, crianças de até 12 anos são as principais vítimas de abuso sexual, seguidas por adolescentes de 12 a 17 anos e só depois as mulheres.
É preciso que denúncias como essas sejam feitas, ultrapassando a barreira da vergonha e do julgamento perante a sociedade, para que homens como Abdelmassih entendam que suas ações não estão acima da justiça e sejam punidos por seus atos.
Márcia Canêdo
1 comentários:
realmente...pensar que um médico que é uma das profissões que tem que passar confiança aos paciente faz essas coisa a gente realmente fica com a pulga atraz da orelha na escolha de nosso médico...mto boa reportagem...bjossss
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