Onde está o segredo da paixão eterna? Em nosso coração ou nas ondas cerebrais, como alguns cientistas vem pesquisando? O certo é que avanços no estudo genético com técnicas de mapeamento cerebral tentam explicar o motivo de algumas relações durarem a vida toda e outras não. Claro que isso não soa nada romântico, mas esses estudos poderão ajudar a milhares de pessoas a entenderem seus relacionamentos conturbados. Segundo pesquisas a área "tegmentar ventral" de nosso cérebro é acionada quando algo nos proporciona prazer. Os pesquisadores das universidades americanas Rutgers e Stony Brook, detectaram um pequeno feixe de luz nesse local , que são liberados em indivíduos que mantém uma união estável há pelo menos 20 anos.
É verdade que escutamos de casais juntos a muito tempo , que a paixão continua como no início , quando se conheceram, podem não estar todos dizendo a verdade, porém seria esta então uma explicação, o que deixaria muitos céticos e desiludidos amorosamente , nada contentes...
A pesquisa foi realizada através da comparação dé céreros de 17 homens e mulheres que relatavam sentir uma grande paixão pelos companheiros de longa data, com os de pessoas em namoros recentes. Um equipamento de ressonância magnética mostrou que, ao verem fotos de seus parceiros, os cérebros dos apaixonados , na tal "área tegmentar ventral"nos dois casos foi acionada. O psicólogo Arthur Aron, um dos coordenadores do estudo,diz não terem ainda certeza quanto "aos fatores que fazem a paixão durar tanto tempo em alguns casais". Para ele é mais uma questão de "QUEM" e não de "O QUÊ". A antropóloga Helen Fisher, co-autora do projeto diz que seria preciso portanto escolher a pessoa certa para que a paixão seja duradoura.
A questão então é: podemos usar os avanços da ciência pra conseguir o parceiro ideal? Teoricamente a resposta seria SIM, devido não somente a essas técnicas de mapeamento, mas também ao avanço da genética que tenta explicar porque nos atraímos mais por algumas pessoas que por outras. Como era de se esperar, já existem empresas americanas como a ScientificMatch prometendo por U$ 1.995,95 , encontrar um parceiro compatível geneticamente aos interessados em pagar pelo serviço. Mas seria essa a solução para as pessoas que tiveram desilusões amorosas na sua vida? Difícil dizer! Mas que é estranho trocar a ida nos bares para se tomar um drink e interagir com o sexo oposto, o friozinho na barriga ao ver a pessoa desejada, por um bastonete que colherá material na sua saliva, isso não podemos negar.
Mesmo se decidirmos a encarar essa nova maneira de encontrar o amor, através de um processo basicamente científico, devemos lembrar que a compatibilidade de genes é apenas um dos fatores determinantes, a conquista de cada indivíduo na maior parte das vezes acontecerá de forma natural , de acordo com sua cultura e dependerá dos atributos buscados no companheiro. As características físicas sempre serão determinantes, e não falo aqui do fator beleza que varia de pessoa pra pessoa. O especialista da Universidade de São Paulo,César Ades, compara nosso compartamento ao de um animal. "As mulheres prestariam mais atenção ao rosto dos homens,que oa resto de seu corpo, porque a face mostra sinais de virilidade. Já aos homens cinturas finas e quadriz largos estariam entre as características mais observadas."
Por muito tempo ainda será difícil explicar como as dicas da genética e as características físicas e comportamentais de homens e mulheres os levaram ao sentimento arrebatador de um amor eterno , mas é certo que a ciência já sabe como se comporta nosso cérebro de acordo com cada emoção sentida.
Agora nos resta escolher, entre confiar na ciência para encontrar uma paixão ou em nós mesmos e nos arriscar a um desilusão ou em contrapartida a uma vida feliz ao lado da pessoa amada .
E voce já fez sua escolha?!
Fonte pesquisa: Revista Época /Janeiro de 2009
Márcia Canêdo
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