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segunda-feira, 2 de março de 2009

VIOLÊNCIA DOMÉSTICA: UM DRAMA VEZ CADA MAIS COMUM EM NOSSA SOCIEDADE

Dois jovens apaixonados. Até aí nada de errado, o amor entre duas pessoas gera polêmica e acontece desde os primórdios, mas nem por isso deixou sempre de ser festejado.Bom, mas e se esses mesmos jovens matarem brutalmente duas inocentes pessoas sob a alegação de terem agido dessa forma para ficarem juntos?Não é necessário dizer que me refiro ao casal Suzana Richthofen e Daniel Cravinhos, que juntamente do irmão do rapaz Cristian, arquitetaram e executaram o hediondo crime que chocou todo o Brasil em 31 de outubro do ano de 2002.Desde essa data, milhares de pessoas se perguntam quais teriam sido os reais motivos, se houve ganância por parte de Suzana, ou de seu namorado deslumbrado com a vida que os dois poderiam ter devido a herança deixada pelo casal Manfred e Marísia...Difícil saber.Mesmo hoje depois de praticamente 7 anos terem se passado,ainda é uma incógnita essa questão .Após diversos depoimentos e especulações dos advogados, os três foram condenados a cumprir, o casal a 39 anos de recolhimento cada um e o irmão Cristian há 38 anos, sendo que a lei brasileira só permite que um condenado fique preso por no máximo 30 anos.Todo esse relato tem por finalidade abrir uma discussão sobre a violência doméstica, algo que assombra nossa sociedade a cada dia com mais freqüência.
Afinal o que pode e deve ser considerada violência doméstica? A violência doméstica é um problema universal que atinge milhares de pessoas, em grande número de vezes de forma silenciosa, devido ao problema de não ser denunciada.Não obedece a níveis sociais, econômicos, religiosos e nem culturais.O que podemos esperar de nossos adolescentes e crianças que não encontram segurança e estabilidade dentro de seus próprios lares, onde a violência que muitos sofrem são o principal estímulo que eles têm de ir viver nas ruas ou o que é pior, ingressar no mundo do crime e das drogas, é o que nos mostra diversas pesquisas realizadas a esse respeito.Nesse caso estão presentes atos como maus-tratos corporais, castigos exagerados, violência sexual e conflitos entre os pais.
São muitos os tipos de violência doméstica, vamos tentar aqui descrever alguns.O primeiro e mais comum é a que acontece entre casais, onde normalmente a esposa é agredida física e/ou moralmente por seu marido.Ocorre também muito a freqüência de ex-maridos ou parceiros inconformados com o término da relação ou outras vezes por excesso de bebida e drogas ingeridas. Podemos concluir, portanto, que a violência física é o uso da força com o objetivo de ferir, deixando ou não marcas evidentes, seja entre parceiros ou entre pais e filhos.Um outro tipo é a violência psicológica, às vezes tão ou mais prejudicial que a primeira.Aqui estão caracterizadas as rejeições, depreciações, discriminação e humilhação.E uma agressão que não deixa marcas visíveis, mais que causa problemas emocionais por toda vida de quem a sofre.A ela está atrelada a violência verbal, onde o agressor utiliza a palavra como meio de coagir ou ameaçar a vida ou integridade moral de outra pessoa.Não podemos deixar de falar também da violência sexual, onde esposas, filhas (os) e enteadas (os), são as principais vitimas, a omissão nesse caso é um crime à parte, pois dificilmente são feitas as denúncias do agressor devido à dependência emocional envolvida.
Quando ocorre em crianças e adolescentes ainda se torna mais complicado se for feita a denúncia, isso devido de não ser raro, o agredido ser tachado de mentiroso ou de estar querendo promover a discórdia na família, esse tipo de atitude leva a cada vez um numero menor de denuncias. De outras vezes acontece também de a família ser considerada culpada de negligência e cúmplice da agressão. Bom, após tantas considerações, quais seriam então as conseqüências da violência doméstica?Primeiramente descarta-se a idéia de sua associação com a pobreza material que faz parte de nosso cotidiano. O que devemos ter em mente é que a violência doméstica é um drama que a cada dia tem se tornado mais “corriqueiro” e algo deve ser feito pra mudar essa realidade. Além das marcas físicas deixadas, existe o que é ainda pior, os danos emocionais causados às vítimas e que em determinados casos levará a um grande distúrbio de personalidade das mesmas. Por isso, convido a todos a não se deixarem fazer parte desses índices de violência. Lembrem-se: se for agredido procure a ajuda de alguém, independente se essa pessoa em quem você vai confiar seja ou não, um policial, pode ser um vizinho, um amigo, seus pais, o que importa é que você denuncie e que o agressor seja punido. Muitas vezes nos esquecemos da força que reside dentro de nós e que a oportunidade de mudar nosso futuro e de nossas crianças está em nossas próprias mãos. Deste crime pra cá quantos outro tão hediondos quanto, não aconteceram? Quantas Isabelas e Eloás terão de ser assassinadas brutalmente para que a população se conscientize que devemos pensar onde a educação que nossas crianças estão recebendo as estão levando. Até que ponto não e´ culpa da própria falta de educação de pais que crimes tão brutais aconteçam e sejam capas de jornais e revistas ,além de alvo de programas sensacionalistas que só pensam na tal da audiência a qualquer custo.
Márcia Canêdo

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