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segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

O adeus a Nina – nossa eterna menina

Nina uma eterna menina mesmo aos 18 anos de vida. Essa cadelinha amarela nascida sem raça definida popularmente conhecida como “vira-latas”, normalmente estigmatizados nas telinhas como cães “vadios, sem rumo”,  sempre foi uma lady por natureza. Calma, delicada até pra comer Nina foi inicialmente de minha irmã Katia , lá morando cerca de 2 anos mais ou menos.  Quis o destino que ela precisasse se mudar de uma casa para apartamento e isso trouxe essa lady canina para nosso convívio.

Mel e Nina

Foi adotada pela família e por sua irmã de 4 patas  Punk com quem conviveu por volta de 12 ou 13 anos. Muito carinhosa essa menina chegava de mansinho e enfiava a cabeça sob nossas mãos pedindo com esse gesto um cafuné atrás das orelhas. Aliás, não raro a percebíamos próxima da porta de orelhas em pé prestando atenção na conversa, mas, diga-se de passagem, ela era discreta escutava e não fazia alarde junto às irmãs. Adorava tirar fotos e fazia até pose sempre muito fina e com a classe que a natureza te presenteou.  

Quis também o destino que, essa doce cadela visse não apenas meus sobrinhos crescerem e se tornarem jovens adultos e adolescentes, mas, também que presenciasse a partida de suas irmãs caninas. A idade e a perda das amigas foram deixando ela cada vez mais abatida e próxima a nós afinal, sentia falta delas tanto ou mais que a gente. É interessante, porém, não menos cruel, ver como a velhice nos animais é bem parecida com a nossa própria. Aos 18 anos, Nina já escutava pouco, enxergava mal, adquiriu diversos problemas nas articulações da coluna e foi acometida por uma série de tumores que a idade avançada não possibilitava operar.


Mel, Nina, Cléo e Punck 
Cabíamos dar o que era possível, ou seja, qualidade de vida e dignidade para que vivesse da melhor forma dentro das possibilidades.E isso eu garanto foi feito, Nina ia sempre que preciso ao veterinário, comia ração própria para cães idosos, ganhava agradinhos como patê, pão diariamente (algo que ela adorava por sinal) além de muito amor e carinho. Porém o tempo é implacável e a doença também ...desde semana passada nossa menina começou a dar sinais de que algo estava errado precisando visitar o veterinário diversas vezes e ontem após uma conversa franca com doutora Uranian soubemos que nada mais havia de se fazer. A única coisa que não gostaríamos era de ver ela sofrendo. Hoje às 14:10 Nina foi se juntar às suas irmãs. Seu corpo físico agora descansa no Parque Morada dos Pequenos Animais próximo a um ipê amarelo, mas, seu espírito com certeza está livre de todas as dores e brincando com a Mel, Punk e Cléo. Ficará a saudade em todos nós que tivemos a sorte de conviver tanto tempo com a Nina e que agora ela com suas amigas/irmãs continuem nos olhando de onde estão esperando o dia que nos reencontraremos.       

Márcia Canêdo

By JORNALISMO ANTENADO with 10 comments

10 comentários:

Os cães são ótimos e eu gosto muito deles, muito linda e justa sua homenagem.

Bela homenagem.
Bjs.:
JOSÉ REINALDO

Querida Marcia,

Eu já passei por isso. Como lhe entendo!
Lindo seu texto, sei que lagrimas desceram no seu rosto,
porque existe amor e agora saudade.

Beijos amiga!

Oi Marcia,
Tai uma coisa que me deixa sem prumo.
Sou louca pelos caninos (as).
Talvez seja uma das minhas frustrações, porque moro em apartamento e não acho legal confinar um animal em espaço tão pequeno, mesmo que ele também o seja.
Entendo sim a dor...
Mas, o tempo que é sábio, lhe dará o acalanto.
Beijo querida.

ou esse comentário.

Valéria Braz
(valeriabraz.blogspot.com)
comentou em 14/02/2012 13:00
OI minha querida.... saudade de você viu?!
Bem sei como é ter estes seres especiais em nossa vida, e o quanto nos fazem amá-los!
Mas, viver e morrer também faz parte da vida deles.... então, vamos brindar a vida que cumpre seu ciclo e permite o descanso pra quem já viveu o seu tempo dando amor, amizade e carinho!
Beijo enorme em seu coração

Ei Márcia,

Conheço este sentimento tão ruim, tão triste que é a saudade de quem realmente tem uma amizade sincera por nós...que são nossos animais,,,e a nina sem raça definida se definia em amor pra você....Fica bem...

Beijos

Márcia, sinto o seu sofrimento como se fosse o MEU..
É uma dor, uma angústia tão grande como se o nosso peito fosse explodir pela ausência do nosso anjinho de patinhas....eu também já perdi a minha...
Mas o importante é que a Nina foi muito feliz durante sua vida, recebeu carinho e muito amor.. notei pelas fotos o amor incondicional!!!
Fique firme querida: agora ela é uma estrelinha no céu!!
Beijos!!!

Querida Marcia

Eu já passei por isso,conheço esa dor!
Que a Nina fique nas boas recordaçoes!

beijinhos

joana mendes

Lindo texto, com certeza se percebe o carinho e respeito que toda família tinha com a Nina. Parabéns pela bela homenagem, sei que em um lugar muito bonito ele recebeu esse ato de amor com toda felicidade e sensibilidade digna dos cães. Me lembrei com carinho de uma integrante de nossa família que se chamava Laika, ela também tinha um porte de princesa, perdemos sua companhia a cerca de 6 meses depois de cerca de 14 anos de felizes lembranças.

Eu amo este texto tem uma grande sensibilidade.

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