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quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Proposta é aprovada,mas discussão sobre a obrigatoriedade do diploma fica para 2010


Proposta que exige diploma para jornalistas é aprovada na CCJ da Câmara

A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara aprovou a Proposta de Emenda à Constituição 386/09 que restabelece a exigência do diploma de jornalista. A Câmara vai criar agora uma comissão especial que terá prazo de 40 sessões para analisar o texto, de autorida do deputado Paulo Pimenta. Para ser aprovada, a proposta terá que ser votada em dois turnos no Plenário. Já no Senado, o presidente da CCJ, Demóstenes Torres (DEM-GO), pediu vista coletiva. A PEC, de autoria do senador Antonio Carlos Valadares (PSB-SE), deve voltar à pauta daqui a 15 dias.A Comissão Especial que vai analisar a Proposta de Emenda a Constituição 386/09, que restabelece a obrigatoriedade do diploma de Jornalismo para o exercício da profissão, na Câmara, só deverá iniciar as discussões em 2010. A previsão é da deputada federal Rebecca Garcia (PP-AM), que pretende ao menos formar a comissão este ano.


Valadares quer aproveitar esse tempo para, junto com o deputado Pimenta, elaborar um mesmo texto, que vai correr na Câmara e no Senado. “A idéia partiu do deputado Paulo Pimenta. Vamos fazer uma redação só na Câmara e Senado. Ele vai alterar o texto dele, eu o meu, e ficarão iguais. Queremos encurtar caminhos. Até as vírgulas serão iguais”, avisa.


O presidente da Federação Nacional de Jornalistas, Sérgio Murillo, está contente com o resultado na Câmara, mas diz que não é hora ainda de comemorar. “Essa é a primeira batalha de uma longa guerra. A Câmara deu um atestado de constitucionalidade ao diploma. Mas não podemos nos iludir proque tem muito trabalho pela frente. Para fazer uma mudança constitucional precisamos de 2/3 do congresso favorável, o que não é fácil. Mas o resultado está sendo bom. A casa responsável pela elaboração da Constituição não identifica conflito entre o princípio da liberdade de expressão e a exigência do diploma, como entendeu o Supremo Tribunal Federal”, disse.




“Ainda este ano nós vamos formar a comissão, para que o ano que vem comece com ela já instalada”, avalia.


A deputada, responsável pela formação da Frente Parlamentar em defesa do diploma, explica que a demora para a instalação da comissão se deve ao trabalho que está sendo feito com as indicações dos nomes. A PEC foi aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça da Câmara no dia 11/11. “Queremos nomes que vão agregar. Por isso não apressamos”.
O presidente da Federação Nacional dos Jornalistas, Sérgio Murillo, também prevê que as discussões só se iniciem em 2010. “O máximo é garantir a formação da comissão. Não acredito que ela comece a trabalhar ainda este ano”, diz.


PEC do Senado


Nesta quarta-feira (02/12), a Comissão de Constituição e Justiça do Senado deve colocar em votação a Proposta de Emenda a Constituição 33/2009, que também restabelece a obrigatoriedade do diploma. O projeto é o segundo item da pauta da reunião.

Fonte: http://www.comunique-se.com.br

 Bom, como jornalista diplomada minha opinião a esse respeito não poderia ser outra senão a de se manter a obrigatoriedade do diploma para a atuação dos profissionais de jornalismo. Não que não acredite que existam pessoas que nasçam com o dom das palavras e escrevam melhor que muitos profissionais formados. Só que  é um engano pensar que a profissão de jornalista se resume a boa escrita. Em quatro anos de curso temos contato com os diversos tipos e formas de se fazer  jornalismo,  aprendemos não apenas a parte teórica mais também as práticas , além de disciplinas para-didáticas que nos auxiliam na maneira de trabalhar. Aprendemos a trabalhar com ética (mesmo que existam muitos que esqueçam essa parte depois de algum tempo) , a nos posicionar e saber lidar  perante qualquer tipo de pessoa , enfim, não são apenas nos ensinado a escrever ou falar bem. Que existam auto-didatas posso ate´concordar , mais é 1 em 1000 , isso é fato. Aceitar ex BBBs apresentando programs nas TVs como se fossem apresentadores realmente, profissionais liberais assinando matérias em jornais e revistas, são atos arbitrários, impensados de emissoras  e editoras que não se preocupam com seus telespectadores/leitores, em como a notícia está chegando até os mesmos. Isso nada mais é que o culto a beleza exterior e a uma forma encontrada por muitas empresas de se enxugar as redações comprando matérias de profissionais que não são jornalistas. Reforço dizendo que não estou aqui fazendo apologia ao diploma, não e´ele quem faz o bom profissional, porém que os bons profissionais são mais encontrados saídos das inúmeras cadeiras de jornalismo das universidade e faculdades brasileiras, isso não se pode negar.

Márcia Canêdo

By JORNALISMO ANTENADO with 7 comments

7 comentários:

Não sou jornalista, mas o sonho da minha vida é ter essa profissão...concordo com você! E imagino sim que para exercer bem esta ou qualquer outra profissão em que se tenha contato com o público ou que sirva de contato para com o mesmo, é necessário uma preparação aprofundada.
Acho que se houvesse mesmo essa liberação para profissionais inabilitados o Brasil estará andando pra trás, porque a maioria que quer se tornar jornalista por ser jornalista é por algum tipo de status e não por valorização da comunicação, o que pode acarretar seria uma censura a todos os assuntos pertinentes ao crescimento do país...pois no Brasil o que vende hoje são notícias irrelevantes, e um assunto tão crítico como esse fica à margem da vida nada célebre de uns e outros.

Saudações!
Amiga MÁRCIA CANÊDO,
Penso que o reconhecimento da nobre profissão de jornalista, é de fundamental importância para a imagem do país, e para a legitimidade do desempenho profissional, além das garantias sociais devidas. E depois passaram anos estudando, conhecendo as normas e éticas da boa comunicação.
É importante ressaltar que não se restringe apenas a atender uma classe, mas, a toda uma sociedade que, mais do que nunca, acompanha diariamente os acontecimentos que estão mudando os destinos da humanidade.
Parabéns pelo excelente post!
Abraços fraternos,
LISON.

MÁRCIA:

BOA TARDE ... !!!

Em primeiro lugar, o seu BANNER daqui, JORNALISMO ANTENADO, já está em meu BLOG, junto com outors 2, que lá haviam, o da ROSANA (TULIPA DOURADA) que criou o meu, e o da S. LEVY de PORTUGAL, Coisinhas da Escriba.

Eu tinha colocado 15, mas como 12 destes 15 não haviam colocado o MEU BANNER no BLOG deles, os tirei, esperei 5 dias, não colocaram ... ???

FORAM PRA LIXEIRA .. !! ... heheeh

Apenas, e somente apenas, alguns, ficaram no ROLL dos BLOGS AMIGOS,auqeles que também me linkaram, o resto "rapei" fora ...

BEM AGORA VAMOS AO COMENTÁRIO, que é o que lhe interessa:

Meu Pai, hoje com 89 anos, Polones, chegou ao brasil em 1948, com 28 anos de idade, falava, e mal, o Portugues de Portugal, pois casou-se com minha Mãe, Portuguesa, lá em Portugal, nete mesmo ano, de 1948, 4 anos após ter conseguido fugir da Polônia para Portugal.

Em 1951, ele já falava, escrevia, tão bem o Portugues daqui, do Brasil, que recebeu a "Carteira" de Jornalista e começou o seu trabalho, em rádio, tv, jornais, revistas, etc ...

Escrevia e ainda Escreve melhor que EU ... !!!

E, modestia a parte, escrevo bem ... perto do que se vê por aí, de "Colegas" nossos, principalmente, escrevo bem sim .. !!

Fiz Graduação, há exatos 35 anos, em Publicidade e Propaganda, depois a PÓS GRADUAÇÃO, em JORNALISMO, depois fiz o MESTRADO em RÁDIO E TV, PÓS MESTRADO em MARKETING e o DOUTORADO em Rádio e TV.

Estudei muito ... !!! ... risos ..

E continuo estudando ... !!

Voltando ao meu velho PAI ..

Um auto didata, que aprendeu 9 idiomas lendo, menos o INGLES, talvez por ser um velho Comunista de carteirinha e odiar os YANKES ... hehehe ....

MAS FALA FLUENTEMENTE ... O Polones, o Russo (por questões óbvias, ideológicas até .. risos .. ), PORTUGUES, ESPANHOL, FRANCES, ITALIANO, CATALÃO (o falado na Região da Catalunha, Espanha, BARCELONA), o IDISH (por ser JUDEU) e o ESPERANTO (a "tentativa" de lingua Universal que não deu certo, mas ele fala e escreve, é tão fluente quanto nas outras 8)

Um detalhe ...

ELE FALA TODAS AS 9 LINGUAS, sem SOTAQUE ALGUM ... !!!

Portugues perfeito, foi homem de Rádio por mais de 50 anos, imaginem voces, ninguem imaginava que aquele BRASILEIRO, era na Verdade Um Judeu Polonês.

Sou a favor do DIPLOMA SIM .. !!

Homens como o meu PAI, principalmente nos dias de hoje, mulheres também, evidente, é bem como voce escreveu, é raríssimo ... !!!

E cada vez mais ... !!!

A tendência é agravar-se cada vez mais, o não saber escrever, articular, se expressar, verbalizar, passar as suas idéias, sejam elas para o papel, seja através da fala, da oratória, da locução.

E as FACULDADES, UNIVERSIDADES, que ministram a Graduação de JORNALISMO, fazem o possivel, e o impossivel, de faze-las com que pelo menos o Graduando, consiga realizar 50% de tudo isto que citei, e que é fundamental para o sucesso e brilhantismo de um Comunicólogo, de um Comunicador Social, em especial, de um Jornalista.

Abraços grandes, MÁRCIA.

Excelente postagem .. !!

De seu amigo, "colega" de profissão ...

LUIZ GNZ ( Luiz Guénz )

Alphaville - Barueri - SP - Brasil

Quando eu fiz faculdade já havia briga sobre o fim do diploma... nossa isso deixava a gente louco. Mal acreditei quando realmente aconteceu! Imagine só queimar 04 anos da minha vida?!??!?!? Ninguem merece!

Agora, pra voltar atras, tratando-se de uma país complicado juridicamente... brincadeira!

A discussão é muito interessante.

Acho que há muito emocionalismo nesse assunto.

Deve ter diploma, ou não deve ter diploma, e fechar questão em cima disso, torna a discussão muito pobre.

Devemos sempre lembrar que há excelentes profissionais sem diploma, enquanto há outros profissionais péssimos e medíocres, que tem todos os diplomas e certificados possíveis.

Se alguém concordar com o parágrafo acima, deveríamos pensar na possibilidade de encontrar "um caminho do meio", uma alternativa conciliadora.

Um abraço.

Drauzio Milagres

Olá amiga Marcia, excelente matéria. Deve-se exigir sim o diploma para jornalistas, vejo muitas pessoas se passarem por jornalistas nas emissoras sem estarem preparadas para isso, o curso de jornalismo não é só a escrita, mas também a ética.

Bjão.

Márcia,

Acredita que eu já li diversas notícias sobre o assunto dos jornalistas no Brasil. Por mais que me expliquem, eu não consigo perceber qual é a lógica de uma decisão dessas. Um jornalista é um profissional especializado. É um profissional das letras. É alguém que sabe pegar numa notícia e transmitir a sua essência. Um jornalista não tem que ser um sensacionalista. Tem que ser alguém informadíssimo acerca de tudo. Política, sociedade, regiões, internacional, lazer, sei lá!

Espero, sinceramente que essa decisão seja revista.

Beijos
Luísa

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