A sociedade moderna odeia sujeira. Não importa se é sua própria pele ou o chão do banheiro, tudo precisa estar o mais livre de micróbios possível. O mais novo vilão da limpeza é o teclado, com 70 vezes mais micróbios que uma privada. O mercado agradece. Por ano são gastos US$ 24 bilhões em sabão em barra e em gel e US$ 106 bilhões para lavar carros, pratos e roupas, além de nós mesmos.
A febre por limpeza é razoavelmente recente. Em 1965, apenas metade das mulheres britânicas usavam desodorante. Em 1940, um pouco mais da metade de todas as casas norte-americanas tinham banheiros. Em 1951, dois quintos das casas inglesas não contavam com banheiras.Por séculos, tomar banho foi impopular. Acreditava-se que água quente expunha os poros a doenças. Moralistas também eram contra a “depravação” comum em casas de banho do século XVI. A realeza e os camponeses passavam os dias igualmente imundos.
A limpeza começou a voltar à moda em fins do século XVIII, ironicamente, por causa de doenças relacionadas à falta de higiene, como a peste negra e sífilis. Napoleão costumava tomar longos banhos, ao contrário de líderes de épocas passadas, que passavam meses longe da água. A ciência ajudou no fim do preconceito contra os banhos, com a descoberta de Louis Pasteur e Robert Koch, que criaram a teoria da doença causada por germes.
Mudanças em políticas de saúde também fizeram sua parte. Na Inglaterra do século XIX viu-se o ressurgimento de casas de banhos, mas, embora a burguesia as tenha adotado, os camponeses ainda pareciam reticentes em relação à inovação. No entanto, nada foi mais importante que a propaganda, a moda e os norte-americanos na propagação da limpeza.
Empresas como a Procter & Gamble, criadora de um dos primeiros sabonetes, financiaram novelas para vender seus produtos no mercado norte-americano, no que ficou popularmente conhecido como “soap-operas”.
Porém a sujeira pode estar voltando à moda. Cientistas descobriram que algumas bactérias que vivem em nosso corpo podem ser boas para a saúde. Um corpo livre de bactérias pode sofrer de inflamações e demorar mais para cicatrizar feridas. Pesquisadores também descobriram que ratos vivendo em locais sujos têm uma bactéria que produz serotonina, químico ligado ao bem-estar.
Fonte: www.opiniãoenoticia.com.br
Bom, sabe a ironia da situação?! Apesar de nunca termos presenciado uma época onde tanto se preocupou com limpeza, esse fato não se estende além de nosso corpo , moradia e ambiente de trabalho. O que vemos nas ruas é o retrato da falta de consciência coletiva. Nunca vimos tantos papéis jogados pelo chão, tocos de cigarro, propagandas entregues nos sinais ou esquinas de ruas, sem falar dos rios e encostas extremamente poluídos acarretando mal cheiro e degradação ambiental. E os lixões espalhados em ambientes residênciais? Onde o lixo reciclável e o orgânico são misturados e colocam em risco a vida de milhares de catadores que vivem da reciclagem de papéis, plásticos, alumínios e afins.
Onde foi que erramos? Será que ao jogarmos papel nas ruas, mares e rios esquecemos que esses objetos demoraram a se deteriorar poluindo o meio ambiente e consequentemente afetando a nossa própria vida? Parace que sim. Por mais que prefeituras e o governo federal façam campanhas de conscientizaçao pela coleta seletiva e defesa em prol do meio ambiente, não há meios da sociedade se emendar e fazer sua parte. Aliás, sou do partido que se cada um começar a colaborar um pouco começando em seus lares e serviços a reciclar seu lixo, evitar jogar papel nas ruas e sacos com dejetos nos rios e encostas, não apenas a vida ,bem como o meio ambiente ficarão muito gratos. Agora uma coisa tenho que concordar, ainda são muito mau formulados os sistemas de coleta seletiva, falo isso pela cidade onde moro mesmo (Juiz de Fora/MG), o número de caminhões não atende o tamanho da cidade e nem existe um horário ou dia certo de passarem. Vamos ajudar a melhorar nossa própria qualidade de vida ... limpeza em casa , no trabalho e em nós mesmos é uma questão de higiene..manter a limpeza nas ruas, rios, mares e encostas é consciência coletiva.
Márcia Canêdo
19 comentários:
Saudações!
Que Post Fascinante!
Amiga Marcia, o texto é de elevado conteúdo, qualidade e educativo...Confesso que não relembro aonde lí,... era mais ou menos assim, "Se queres conhecer a alma de uma pessoa visita o seu WC".
Parabéns pelo excelente Post!
Abraços,
LISON.
Em minha cidade a colheta é feita 3 vezes na semana, mais o grande x é onde êles despejam eese lixo.
Abraços forte
Oi Márcia, que bom seria se todos tivesse essa consciência, não é mesmo?
Não estaríamos hoje com tantos casos de inundações e os ratos e baratas não estariam tomando conta das cidades. Vemos, todos os dias, pessoas de aparência impecável jogando papel de bala e/ou latinha de refrigerante pela janela do carro.
É preciso mesmo falar mais sobre esse assunto, para despertar a consciência do povo.
Parabéns pelo post, muito educativo.
Beijos, amiga
Bel
Olá amiga Márcia,
Bela e útil postagem!
O Consumismo tem deixado de lado os cuidados com a natureza e a própria higiene.
Grande Abraço e Obrigado pela indicação!
Lauro Daniel
Minha mãe, quando eu começava a fazer "arte", dizia que eu estava querendo "inventar moda".
E lixo é travessura?? Deixar lixo esvoaçando pelas janelas de carros importados é "arte"? É lamentável!! Quem dera não "inventassem" ess tipo de moda!!
Bjs Márcia!!
Olá querida Márcia,
O que temos visto é simplesmente uma total falta de consciência quanto ao meio ambiente: muitos reclamam das inundações, mas poucos sabem que parte delas acontece por causa do lixo nos rios e rede de esgoto. Será que é necessário ser ensinado na escola que não se deve jogar lixo no chão (se não me engano, isso já é comentado desde quando se começa a estudar).
E sobre a higiene pessoal, no passado a coisa era terrível hein, risos. Ainda bem que evoluímos...
Ótimo artigo!
Beijos.
Parabéns pelo post
ontem postei como é a organização
de limpeza aqui no Japão.
bjs
Márcia,
Para mim a sujeira nunca será moda. Nos tempos idos, acredito que os raros banhos deviam-se as baixas temperaturas e a dificuldade de se ter água encanada e quente. Hoje temos temperaturas altíssimas, mesmo na Europa, o que nos força a ter mais higiene com o corpo.
Quanto ao lixo, aprendi desde pequena que deveria ser colocado dentro da bolsa e descartado em casa. Claro que a embalagem de um picolé, deverá ser descartada na lixeira mais próxima, mas papéis e outros lixos secos, ainda hoje coloco dentro da bolsa e levo para a lixeira de casa.
Aqui onde eu moro, há a reciclagem de lixo, então podemos separar o lixo, inclusive o papel que estava dentro da bolsa, e colaborar com o planeta.
Beijocas
Cris
óla amiga não poderia deixar de ver e comentar sobre este assunto de grande importância para todos nós,assunto este que acho ser de ordem pública,uma das maiores preocupações mundiais é a destinação do lixo urbano, produzido diariamente pela população em quantidade cada vez mais crescente.ótima escolha,parabéns!um abraço da kacal
Excelente Márcia... a população não ajuda a manter a cidade limpa e nem faz a sua parte em relação ao lixo.
Precisamos de muita campanha educacional para isto.
A Rose nos mostrou como é no Japão... show de bola! Um dia quem sabe, quando mudarmos a "cultura social" a gente chegue lá!
Beijo no coração
Olá Márcia, belo post.
Infelizmente ainda estamos muito longe do ideal em se tratando de respeito ao meio ambiente. Só para citar um exemplo simples: as pessoas ainda jogam papéis na rua.
Abçs.
Marcia, que excelente matéria! Eu fiquei horrorizada sobre o Teclado! Ainda bem que o meu é meu.
Num teclado claro é possível reparar o encardido! hummmmm...
Apreciei muito a historia da sociedade e a aplicação do conceito de limpeza.
Contudo, o lixo cada vez se acumula mais e está dificil controlar onde depositá-los.
Há muitas mudanças visando melhorias, mas mesmo assim, tem
materiais que levam muito tempo para se decompor.
Bjs
Gaurdo todos os papeis de bala e etc no bolso, e jogo no lixo quando chego em casa... Estranho exemplo eu sei...Num mundo destes...rs
Um Abraço!
Oi Márcia
Estou retribuindo a visita lá no meu blog, obrigada!
O texto é excelente. Referente às bactérias boas pra saúde achei incrível... mas nada como um bom banho rsrs...
Quanto ao lixo jogado nas ruas, valetas, rios, etc... acho lamentável. Pura falta de educação. Depois quando há enchentes, essas mesmas pessoas vão colocar a culpa nos prefeitos das cidades. Cada vez que vejo alguém comendo alguma coisa ou bebendo um refrigerante e jogando a embalagem pela janelinha dos carros, ônibus e trens fico revoltada. É uma vergonha, é deprimente, uma ignorância, sem comentários.
Abraços!
Olá querida amiga Marcia,
Bem atrasadinha, mas vim.
Seu post é excelente.
O texto tem um conteúdo de relevante importância para o meio ambiente.
Se o povo brasileiro entendesse a relação que há entre o lixo depositado nas ruas e rios com os eventos danosos causados pela natureza, como as inundações, acho que poderíamos pensar numa situação não tão caótica num futuro, mas, do jeito que as coisas andam, se não houver políticca pública que regularize e organize o problema, nem a longo prazo veremos um resultado positivo.
Parabéns pela postagem.
Carinhoso e fraterno abraço,
Lilian
Márcia,
Desconhecia esta questão do teclado X privada. É uma das poucas coisas "encardidas" que uso sem protestar. Mas detesto quando percebo que usaram meu teclado e mouse. É impressionante como dá para perceber pelo simples toque.
Fico imaginando o resultado de uma análise dessa no colchão. Será que que emparelha com o teclado?
Quanto ao que estão fazendo com o meio ambiente é lamentável. Infelizmente, em os nossos dias, até o tentar educar, ainda que seja um siples "toque" impõe-nos riscos de morte, tamanha a truculência dos mal educados.
Belíssima matéria!
Abraço do amigo,
Antonio
Olá Márcia,
excelente texto, parabens!
Precisamos manter a limpeza, mas sem exageros, para que não venhamos a adquirir problemas psicológicos como a "mania de limpeza"... fora isso precisamos obter alguns anticorpos e eles só se desenvolvem, quando deixamos a criança brincar à vontade na terra.
Agradeço a indicação.
Abraços.
Sonia
A sujeira só é moda no chiqueiro
o resto é falta de cosciencia mesmo
Olá! Acho que o consumismos é uma doença e, o descarte daquilo que não é prioritário para o uso de quem compra o produto, como o caso das embalagens, não teem um destino apropriado. E parte do resultado disso, vemos nos noticiários e, quem está hoje em uma cidade inundada que o diga.
Higiene, educação, respeito...vida.
É um excelente texto amiga!
Um abraço!
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