Mulheres: Trabalhar e ter filhos ainda é um problema
A entrada das mulheres no mercado de trabalho foi uma das grandes mudanças econômicas dos últimos 50 anos, e tudo indica que lidar com consequências sociais desta mudança será o desafio dos próximos 50. A opção de ficar em casa para cuidar dos filhos está desaparecendo. As jovens veem as oportunidades no mercado de trabalho como responsabilidade.
Empresas e países estão tentando se adaptar à nova realidade de mulheres que trabalham e cuidam dos filhos. Ernst & Young, uma firma de auditoria, aumentou seus esforços para manter contato com mulheres que saem da empresa para criar filhos. É uma forma de facilitar o retorno destas mulheres ao trabalho no futuro. Trabalhar de casa também está na moda. Algumas empresas até estão repensando seus planos de carreira.
Até agora o maior problema está entre os pobres. As mulheres pobres que trabalham para sustentar a família dificilmente conseguem emprego em uma empresa com políticas para atender mães.
Para o site Opinião e Notícia, o dilema entre carreira e filhos sempre foi uma decisão difícil para as mulheres. Raríssimas mulheres conseguiram criar filhos e ter uma carreira bem sucedida como executivas. Iniciativas criativas como a da Ernst & Young poderiam ser uma solução para que todo o potencial profissional das mulheres não seja desperdiçado.
Fonte : Opinião e Notícia
Segundo a Revista Veja Mulher , não é apenas a gravidez que preocupa as empresas. Uma pesquisa recente feita com empresários paulistas mostrou que cerca de 40% dos patrões ainda encaram a maternidade como um problema. Primeiramente, maternidade, palavra usada para definir a condição de quem é mãe, não se acaba logo após a licença de seis meses (antigamente quatro). Ela continua para o resto da vida. Sob a ótica das empresas, há uma espécie de hierarquia velada na preferência por certos tipos de funcionário. Homens levam vantagem. As empresas costumam considerá-los permanentemente disponíveis, dispostos a concordar com transferências de cidade e horas extras sem titubear. Em segundo lugar na escala não escrita das prioridades surgem as solteiras – que a cada dia crescem na preferência dos patrões. Em terceiro lugar estão elas, as mães, com a maior carga de empecilhos. "Por teoricamente não terem disponibilidade para horários alternativos e viagens, elas são as menos elegíveis para uma promoção", afirma Paulo Celso de Toledo Júnior, sócio da consultoria Konsult, em São Paulo.
Fonte: Revista Veja Mulher
Porque coloquei essas duas opiniões de veículos diferentes, um site e uma revista? Bom, as abordagens dos dois veículos são diferentes, mas convergem para um mesmo ponto: a dificuldade encontrada pela mulher em concilar carreira e filhos. Esse é um problema recorrente desde a emancipação feminina, quando a mulher deixou de pensar apenas em se casar e constituir familia e focou também em estudar e buscar uma carreira. Ao contrário do que muitos pensam, não é que nós mulheres deixamos o amor , a vontade de sermos mães e nos casarmos de lado, apenas entendemos que podemos SIM , fazer tudo isso e ainda trabalharmos e seguirmos carreira.
Porém muitos empresários ainda mantem um certo preconceito contra a contratação de mulheres , pensando numa futura gravidez. Quem perde com isso?! TODOS. Por causa de um pensamento machista determinando que uma mulher não pode ser mãe e ainda continuar fazendo bem seu trabalho, muitos segmentos perdem a opotunidade de terem mulheres competentes ,principalmente em cargos de confiança. Claro essa situação não prevalece, mas já deveria ter sido abolida definitivamente a muito tempo, e existem sim empresas que confiam na capacidade feminina de adaptação. A maternidade não tira a inteligência de uma mulher, ao contrario, a faz mais sensivel a que passa ao seu redor. E as mulheres não podem e nem devem serem obrigadas a optar pela familia ou a carreira. Não sou mãe, mas pretendo ser um dia e nunca abrirei mão da minha profissão pois me sinto perfeitamente capaz de fazer as duas coisas se preciso for.
Márcia Canêdo
Porém muitos empresários ainda mantem um certo preconceito contra a contratação de mulheres , pensando numa futura gravidez. Quem perde com isso?! TODOS. Por causa de um pensamento machista determinando que uma mulher não pode ser mãe e ainda continuar fazendo bem seu trabalho, muitos segmentos perdem a opotunidade de terem mulheres competentes ,principalmente em cargos de confiança. Claro essa situação não prevalece, mas já deveria ter sido abolida definitivamente a muito tempo, e existem sim empresas que confiam na capacidade feminina de adaptação. A maternidade não tira a inteligência de uma mulher, ao contrario, a faz mais sensivel a que passa ao seu redor. E as mulheres não podem e nem devem serem obrigadas a optar pela familia ou a carreira. Não sou mãe, mas pretendo ser um dia e nunca abrirei mão da minha profissão pois me sinto perfeitamente capaz de fazer as duas coisas se preciso for.
Márcia Canêdo
13 comentários:
Márcia,
A entrada da mulher no mercado de trabalho ou seja a sua emancipação, foi uma grande vitória!!
Aos poucos se foi livrando de ser subjugada aos trabalhos domésticos e à procriação dos filhos.
Em cada década as suas vitórias foram sendo cada vez maiores, hoje vemos mulheres fazendo concorrência aos homens em lugares de destaques na sociedade!
Parabéns pelo belíssimo artigo!
Bjs,
FrancK
As dificuldades encontradas pelas mulheres ao adentrar no mundo do trabalho são, invariavelmente, causadas pelo preconceito dos homens e não obstante, das próprias mulhesres.
Já ouvi mulheres dizendo não ir em tal medico, advogado ou dentista por se tratar de uma outra mulher.
Mas os tempos estão mudando e as coisas se adaptando a realidade da competência feminina em ser mãe, mulher e economicamente ativa.
Bem penso o seguinte, nem tanto ao mar nem tanto a terra, sem filhos via tudo bem, mais depois que eles estão presentes a mãe deve se fazer também.
Abraços forte
Márcia,
Excelente matéria.
A mulher ganhou sua "emancipação", mas não ficou totalmente livre para fazer o que gosta e conciliar os seus afazeres com a criação e educação dos filhos.
Eu sempre falo que fui e ainda sou uma mulher privilegiada, pois sempre estudei muito apenas por prazer e gosto pelos estudos, mas nunca precisei deixar minhas filhas e minha casa para trabalhar fora, no entanto, a maioria das mulheres precisam sair para trabalhar e deixar seus filhos, e aí está o grande problema...
Adorei!
Bjs.
Rosana.
Que assunto polêmico, heim minha amiga.
A mulher vem conquistando a duras penas seu espaço no mercado de trabalho, livrando-se do estigma de rainha do lar. Dificil caminho o dela, e hoje muitas mulheres estão pagando um preço alto demais. Ao mesmo tempo que querem ter uma carreira, sonham com um relacionamento estável, mas querem ser livres... enfim, não conseguem encontrar um ponto de equilíbrio. Não estou generalizando, mas posso dizer que uma boa parcela está angustiada, ansiosa, com medo da solidão. Criou-se uma expectativa em torno do seu desempenho e a mulher se deixou levar por essa exigência e tornou-se o seu pior algoz. É fato que a mulher é muito rigorosa consigo e com os outros, traçando planos que muitas vezes estão além de suas possibilidades, criando um grande sofrimento. Toda a pressão que era exercida pelo homem e que a oprimia está agora sendo manipulada por ela própria.
Precisamos urgentemente encontrar nosso ponto de equilíbrio, tornar mais realizável nossos ideais, não esperar demais, nem sacrificar nossa vida. Não precisamos provar nada.
Parabéns pelo post
Beijos
Bel
O Texto foi de grande importância pra nós mulheres profissionais x mães. Parabéns! um abraço da Kacal
Olá querida Márcia,
Ótimo texto, e excelente comentário. Porém, a sociedade (ou melhor, os donos de empresas) ainda têm uma visão meio obtusa sobre contratação de mulheres, infelizmente.
Na verdade tudo que é relativo a gasto tais pessoas "entendem" que são despesas, nunca pensam em forma de investimento, o quê é um erro.
Agora, sobre a questão dos homens teoricamente estarem sempre disponíveis, isso está mudando um pouco; conheço muitos que têm aberto mão de mudança de estados e promoções para dar valor à família.
Beijos!
Olá Márcia!
A conciliação dessas duas tarefas, ser mãe e esposa e ter uma carreira profissional, não é fácil, mas não é impossível.
Felizmente o mercado de trabalho é cada vez menos discriminatório e os companheiros cada vez mais cooperantes nas tarefas domésticas. Também as escolas tendem a ter cada vez mais condições, para que as crianças estejam em segurança durante o horário de trabalho dos pais.
Penso que o problema de discriminação sexual não está exactamente nas mulheres que têm ou pretendem ter uma carreira profissional, mas sim nas trabalhadoras indiferenciadas. Essas sim são, infelizmente, mais discriminadas por serem mulheres. Aqui entra aquele padrão dos contratos precários quando são recém-casadas ou têm filhos pequenos.
Excelente matéria, minha amiga. Muito bom o teu texto.
Beijos
Luísa
Olá!
É uma questão difícil e complicada.
É notório que com a modernidade a mulher ganhou mais espaço em todos os campos. O problema é que agora espera-se muito dela...ela tem que ser boa mão, esposa, profissional,tem que estar linda, cheirosa e etc....
Como sei que não seria capaz de dar conta de tudo, optei por parar de trabalhar (temporariamente) para cuidadr dos meus três filhos!!! Muitos já me chamaram de louca, mas eu agi de acordo com a minha consciência!! A medida que as crianças estão crescendo, já noto que começo a sobrar...isto significa: "Hora de voltar ao trabalho". Então, é isso aí. em breve planejo voltar a trabalhar e seguir com a minha vida profissional!!
bjs
Carla
http://mamaecaprichosa.blogspot.com
Concordo que são raras as mulheres que conseguem criar filhos e serem bem sucedidas profissionalmente ao mesmo tempo.
Tenho um exemplo próximo de uma empresária aqui em Minas, extremamente bem-sucedida, dona de uma grande empresa.
Infelizmente, seu único filho, morreu de overdose!
É lamentável!
Acredito que a dedicação extrema dela à empresa pode ter influênciado no desenvolvimento da fraca personalidade do garoto!
Excelente tema para se debater!
Forte abraço!
Olá querida amiga Márcia,
Atrasadinha, mas vim.
Excelente matéria . Parabéns.
Ser esposa, mãe, criar bem os filhos, trabalhar fora e ter sucesso na vida profissional é uma tarefa árdua, dificílima, mas, não impossível.
Ficar muito tempo fora de casa e deixar os filhos com empregada ou em escola é a maior preocupação de uma mãe e que a deixa profundamente angustiada. Mas, essa é uma situação rotineira nos dias de hoje e as mães aprendem a conviver e se adaptar à situação.
O que importa é que quando a mãe estiver em casa, dispense ao filho atenção, carinho e cuidados com qualidade.
Passei por esse problema, questionei-me muito e busquei solução com uma Psicóloga.
Na época, Dra. Vergínia era Professora na PUC de Campinas e tinha seu consultório. Recebi a seguinte resposta:- Quem sofre essa circunstância e fica angustiada é a própria mãe, pelo sentimento de culpa por não estar presente em todos os momentos da vida do filho, mas a criança não percebe isso e se sentirá feliz e acarinhado se o tempo quea mãe estiver presente, ele receber carinho, palavras doces, reciprocidade nas brincadeiras, enfim, dar-lhe amor e dedicar-se àqueles momentos. Disse-me ainda, que tinha 3 filhos e, que dava aulas, atendia no consultório, era Psicóloga e sabia o que estava dizendo. Fiquei mias tranqüila e fiz o que ela me recomendou. Meus filhos cresceram bem, são filhos carinhosos, atenciosos, já são casados e bons pais. E eu pude trabalhar mais feliz e posso me considerar realizada profissionalmente, pois atingi, no serviço público da minha cidade, o cargo DE CARREIRA mais valorizado.
Mas não foi fácil, não.
Carinhoso e fraterno abraço,
Lilian
Mãe e profissional, conciliar nem sempre é fácil.
Filhos depende dos pais, principalmente quando pequeninos. Não dá para trabalhar e deixá-los aos cuidados de outra pessoa.
Depois de crescidos, daí sim! Dá para retornar ao trabalho.
Bjs
Mãe e profissional, conciliar nem sempre é fácil.
Filhos depende dos pais, principalmente quando pequeninos. Não dá para trabalhar e deixá-los aos cuidados de outra pessoa.
Depois de crescidos, daí sim! Dá para retornar ao trabalho.
Bjs
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